quinta-feira, 18 de março de 2010

Doleiro abre "caixa de pandora" de José Serra

Doleiro da Veja abre a "caixa de pandora" de José Serra
Em primeira mão no blog Os Amigos do Presidente Lula em 15/03/2010 às 12:40


A revista Veja, ao recorrer ao "doleiro" Lucio Bolonha Funaro, abre a caixa de pandora que ronda perigosamente José Serra (PSDB/SP), através das relações com o banqueiro tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Lucio Funaro aparece na CPI dos Correios em uma operação que deu prejuízo de R$ 32 milhões ao Banco do Brasil, mas quem aparece ganhando na outra ponta foi a corretora Link, dos filhos de Luiz Carlos Mendonça de Barros.

José Serra e Mendonça de Barros eram tão próximos que, quando Serra era Ministro do Planejamento de FHC, em 1995, nomeou-o presidente do BNDES, declarando "Luiz Carlos .... é uma figura em quem confio sem nenhuma restrição":




Na presidência do BNDES, Mendonça de Barros foi um verdadeiro "sócio" e escudeiro de José Serra na empreitada das privatizações, onde articulava ativamente a montagem dos consórcios privados junto aos fundos de pensão que disputavam os leilões de privatização.

Mendonça foi para o BNDES, saindo da sociedade com André Lara Rezende no Banco Matrix. Segundo o Terra Magazine, o jornalista Luís Nassif viu, em seu livro "Os cabeça de planilha", uma ação deliberada dos formuladores e implementadores do plano Real, na valorização frente ao dolar, com o objetivo de beneficiar a si próprios e a aliados: "Eles tomaram um conjunto de medidas técnicas cuja única lógica foi permitir enormes ganhos para quem sabia para onde o câmbio ia caminhar. E o grande vitorioso desse período é o André Lara Resende, que é um dos formuladores dessa política cambial... O banco Matrix ganhou centenas de milhões de dólares naquele período. O Matrix é do André Lara Resende.", disse Nassif ao Terra Magazine.

Nassif não citou Luiz Carlos Mendonça de Barros, mas ele era sócio fundador do Matrix, desde 1993, saindo da sociedade apenas ao final de 1995, para assumir o BNDES, nomeado por Serra.

Em meio a essa teia de relacionamento da política demo-tucana com o mercado financeiro, eis que surge o depoimento de Lucio Bolonha Funaro na CPI dos Correios, em 08 de março de 2006:

SR. LÚCIO BOLONHA FUNARO: ... a imprensa, ela não tem o intuito de ir a fundo nas investigações, prova disso é o que aconteceu com essa REVISTA ÉPOCA. Numa operação que eu fiz de swap, eu ganho 700 mil reais e sai estampada a minha cara em três páginas da revista; a LINK ganha 31 milhões e 300 mil reais e ele não fala nada, ele fala só de mim.

...Por que o cliente da LINK, e quem é o cliente da LINK, aceitou pagar essa diferença tão grande, nós só vamos poder saber de uma maneira: Quebrando o sigilo da LINK e vendo quem é a ponta final.

... Com operação desse tipo, que dá 32 milhões de prejuízo para a BANCO DO BRASIL... Desses 32 milhões, eu fiquei com 0,25%, um spread perfeitamente aceitável para o tamanho da operação. A LINK ganhou o grosso.

... eu ganhei 0,30, que foi 750 mil reais que o Senhor apurou; 750 mil reais para 33 milhões de reais. Isso aí foi tudo transacionado dentro da LINK, eu não sei quais foram as taxas que foram praticadas no mercado daquele dia. O que tem que se apurar é isso e apurar quem é a ponta final da Link, porque sem a gente saber quem é a ponta final, não dá para saber o que aconteceu.

Lembrando que, a LINK é a corretora dos filhos de Luiz Carlos Mendonça de Barros.

O relatório final da CPMI “dos Correios”, Volume III - Pág. 1504, cita a LINK:

"Em um dos seus mais notórios envolvimentos com empresas estatais, o Sr. Lúcio Bolonha Funaro figurou como contraparte em operações de SWAP frente ao Banco do Brasil, cujo resultado foi um prejuízo de R$ 32 milhões para o Banco e ganho de R$ 656 mil para o Sr. Lúcio Bolonha Funaro, sendo que mais de R$ 30 milhões foram transferidos para a Link Derivativos."

O objetivo da revista Veja é requentar episódios do "mensalão" de Roberto Jefferson. Na falta de escândalo novo, requenta-se os velhos para ajudar a candidatura de Serra. Mas a revista está, sem querer, abrindo a caixa de pandora de José Serra.

Três CPI's e o Ministério Público investigaram exaustivamente os envolvidos do PT no "mensalão" de Roberto Jefferson. Na hora em que as investigações começavam a se direcionar para os demo-tucanos, eram abafadas. Por isso, onde haverá novidades quando se requenta o assunto é justamente nas partes que não foram exaustivamente investigadas ainda, e que atingem em cheio os demo-tucanos ligados a José Serra e FHC.

O rombo de R$ 32 milhões no Banco do Brasil, que foi parar na corretora Link é um bom começo para retomar de onde parou. O sub-relator da CPMI dos Correios, ACM Neto, foi com sede ao pote acreditando que esse dinheiro faria parte do "mensalão" de Roberto Jefferson. Receberam uma ducha de água fria ao descobrirem que foi parar na corretora dos filhos do banqueiro tucano Mendonça de Barros.

Para que mãos finais foi esse dinheiro? Até hoje não está esclarecido.

Mais coincidências:

Lucio Bolonha Funaro é sobrinho do ex-ministro da fazenda Dilson Funaro (governo Sarney), que fez o plano cruzado. Era ligado aos tucanos paulistas (na época todos ainda estavam no PMDB).

Luiz Carlos Mendonça de Barros foi levado para a diretoria do Banco Central por Dilson Funaro, na época do Plano Cruzado.

Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto . 12:40:00 PM

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/03/doleiro-da-veja-abre-caixa-de-pandora.html#links


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